Alta de doenças respiratórias reforça importância do protocolo de Manchester no SUS

Presidente do Grupo Chavantes destaca a importância do sistema para
priorizar casos graves na rede pública

Nos períodos de outono e inverno, o Brasil registra um aumento
significativo nos casos de doenças respiratórias, como gripe, vírus
sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. Dados recentes do
InfoGripe, da Fiocruz, apontam que a influenza A representa mais de
36% dos casos confirmados e está associada a 72,5% dos óbitos por
infecções respiratórias. Esse cenário, somado à baixa adesão à
vacinação em algumas regiões e às condições climáticas frias e
secas, pressiona o sistema público de saúde, com hospitais e
unidades básicas enfrentando filas mais longas e risco de sobrecarga
nos atendimentos.

Diante desse desafio, o Protocolo de Manchester é uma ferramenta
essencial para organizar a triagem e garantir que os pacientes sejam
atendidos conforme a gravidade de seus quadros clínicos. Adotado em
todo o sistema público de saúde, esse método internacional também
é utilizado em unidades gerenciadas por Organizações Sociais de
Saúde (OSS), como o Grupo Chavantes responsável por 35 projetos em
seis estados, e classifica os pacientes por meio de um sistema de
cores, definindo prioridades e tempos máximos de espera.
“O protocolo é uma forma eficiente de trazer racionalidade ao
atendimento, especialmente em períodos de alta demanda. Ele permite
que os profissionais tomem decisões baseadas em critérios objetivos,
sem comprometer a agilidade e a segurança do cuidado”, afirma
Letícia Bellotto Turim, presidente do Grupo Chavantes.

O funcionamento do protocolo é simples e eficaz. Ao chegar a uma
unidade de saúde, o paciente passa por uma avaliação inicial feita
por profissionais treinados, que identificam a urgência do quadro e
atribuem uma pulseira colorida. Casos vermelhos indicam risco iminente
de morte, como paradas cardiorrespiratórias ou crises convulsivas, e
exigem atendimento imediato. A cor laranja representa prioridade
máxima, com espera de até 10 minutos, para situações como dor no
peito ou sangramentos ativos. Quadros amarelos, considerados urgentes
como fraturas ou febre alta, devem ser atendidos em até uma hora.
Casos verdes, de menor urgência, como dores leves ou vômitos, podem
aguardar até duas horas, enquanto os azuis, que incluem sintomas
gripais leves ou consultas de rotina, têm tempo máximo de espera de
quatro horas.

A adoção desse sistema vai além da organização do fluxo de
atendimento. Ele oferece transparência a pacientes e acompanhantes,
que passam a compreender a ordem de prioridade, o que contribui para
reduzir a ansiedade e os conflitos nas unidades de saúde. “Quando o
paciente entende por que está esperando, e vê que quem precisa de
atendimento imediato está sendo priorizado, ele se sente mais
acolhido e confiante no serviço”, destaca a presidente do Grupo
Chavantes.

Além disso, o protocolo otimiza o uso dos recursos humanos e
materiais, direcionando médicos e enfermeiros para os casos que
realmente demandam intervenção rápida. “Em tempos de escassez de
recursos e aumento de demanda, é fundamental termos ferramentas que
ajudem a tomar decisões mais assertivas e justas”, completa
Letícia.

A eficácia do método, no entanto, depende de treinamento contínuo e
de uma equipe bem preparada. Profissionais capacitados conseguem
identificar rapidamente os sinais de gravidade, evitando erros de
classificação que podem colocar pacientes em risco. Quando bem
implementado, o protocolo reduz mortes evitáveis, diminui o tempo de
espera e melhora a qualidade do atendimento, reforçando a capacidade
do sistema público de saúde para enfrentar crises sanitárias.
“O sucesso do protocolo está diretamente ligado à capacitação.
Por isso, investimos constantemente na formação das nossas equipes,
para garantir que cada paciente receba o cuidado certo, no tempo
certo”, pontua Letícia.

Em um contexto de aumento sazonal das doenças respiratórias, o
Protocolo de Manchester se mostra não apenas como uma solução
técnica, mas como um instrumento de equidade e humanização. Ele
garante que, mesmo em períodos de superlotação, os pacientes mais
graves recebam o cuidado necessário no tempo adequado, fortalecendo
os princípios do SUS e assegurando o direito de todos a uma saúde
pública eficiente e digna. “É uma forma de respeitar o cidadão e
valorizar o trabalho dos profissionais da saúde, que encontram no
protocolo um aliado para salvar vidas com mais segurança e
organização”, finaliza a presidente.

Com informações da Assessoria

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