Gestão de farmácias: o acesso justo aos medicamentos

Gestão equilibrada dos medicamentos facilita o acesso da população, bem como amplia a sensação de inclusão

Foto de Alex Green no Pexels

Um dos grandes gargalos da saúde no Brasil é a distribuição de medicamentos para a população. Problemas como falta de unidades, preços altos, demora na entrega e demanda alta para determinados tipos de medicamento tornam esse tipo de gestão algo bem desafiador até para organizações experientes no assunto, como a Santa Casa de Chavantes e os outros locais administrados por intermédio de sua OSS.

Uma gestão equilibrada dessa medicação facilita o acesso da população, bem como amplia a sensação de inclusão plena de uma unidade no cotidiano da comunidade. Afinal, a farmácia é um lugar de confiança para a população.

Mas tornar isso possível demanda atitudes como boas práticas, muito trabalho e tecnologia. O último item é o fio condutor de todos os outros.

“Primeiramente é preciso investir em tecnologia. Já dizia (Philip) Kotler (professor universitário norte-americano especializado em marketing e autor de vários livros que são referências na área em todo o mundo), não se pode gerenciar o que não se pode medir”, afirma Anis Mitri, presidente da Santa Casa de Chavantes.

Medicamentos e a gestão

Diante dessa realidade que efetivamente ultrapassa as páginas das obras literárias, é necessário que seja feita a gestão de vários indicadores. Mas especialmente de duas relações fundamentais que regem qualquer ramo comercial: demanda x oferta e consumo x distribuição.

No momento em que a administração da farmácia da unidade de saúde tiver a exata ideia destas respostas, de acordo com relatórios formulados sobre o assunto, será possível ter a quantidade correta de compra de medicamentos para atender os interessados. Isso evitará qualquer possibilidade de ausência deste ou daquele rótulo nas prateleiras.

Para que a carga chegue ao consumidor, a organização desta sequência passa pelo transporte do produto. É necessário que seja montado um sistema de logística para que o serviço seja prestado da melhor maneira em termos de tempo e custo.

Ao se cumprir estes requisitos, o final feliz está naturalmente no consumo dos medicamentos pelo paciente, sem atrasos nem preocupações.

Nesse contexto, surge justamente a tecnologia para facilitar todo um processo aparentemente complicado e com toques de matemática. “Ela já começa na prescrição médica. Caso a gestão seja realizada por determinados softwares, pode-se gerenciar melhor os itens”, explica o presidente.

Outra boa alternativa para se colocar em prática ou desenvolver processo para que a população consiga o uso de medicamentos de forma racional é o investimento em protocolos de tratamento. Desta forma, será possível prescrição padronizada, segura e eficiente.

“Apesar do ato médico garantir a autonomia do profissional (no momento da prescrição), a maior parte das doenças crônicas possuem tratamentos amplamente utilizados e que são altamente replicáveis”, completa Anis Mitri.

Diabetes e hipertensão são duas dessas doenças crônicas. A quantidade de portadores aumenta a cada dia, fruto da alta velocidade em que o mundo moderno vive. O gestor da farmácia tem de prestar atenção nisso, pois são males que exigem tratamento contínuo e acompanhamento médico regular. Estas, por sinal, são as duas iniciativas básicas para que se evitem complicações causadas por estas moléstias.

Altos e baixos

Quem necessita de remédios sabe das diferenças colossais de preço existentes, dependendo do laboratório fabricante e da utilidade de cada um. As famílias de baixa renda e até de classe média ficam no meio de um problema que envolve altos e baixos, bastante compreendidos pela Santa Casa de Chavantes e pelos outros locais administrados por intermédio de sua Organização Social de Saúde.

De um lado, estão medicamentos baratos, como fenoterol, testosterona, ranitidina e penicilina. Ou, usando a força de expressão, não estão. Só que nas prateleiras. E por uma regra cruel do mercado. Como eles não oferecem grandes margens de lucro às indústrias farmacêuticas, esses remédios saem de linha e não possuem similares para substituição. Não bastasse isso, existe um outro componente ligado à burocracia.

“Além disso, a importação e liberação de fabricação de medicamentos é extremamente lenta e complexa em nosso País, fazendo com que haja frequentemente a falta destes itens baratos”, observa o presidente.

Do outro lado, existem os remédios de alto custo, geralmente envolvidos em questões complicadas envolvendo vários trâmites para que a população que realmente precisa possa ter acesso a eles. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui uma política clara e padronizada para a prescrição desses medicamentos, feita justamente pelo órgão nacional.

“Existe um procedimento chamado de Processo de Alto Custo, onde é necessário que o paciente se enquadre em determinados critérios e, assim, possa receber o tratamento adequado para estas doenças”, explica Anis Mitri, presidente da Santa Casa.

Para que essa cadeia de fatores seja cumprida da forma ideal, há um outro aspecto importantíssimo que vai além dos remédios e é diretamente ligado a eles e suas consequências. “Talvez o que falte mais é treinamento dos profissionais envolvidos, além de orientações mais claras aos pacientes elegíveis aos usos destas medicações”, afirma.

Quer saber mais informações valiosas sobre esse e outros assuntos relacionados com a saúde? Então acesse o site da Santa Casa de Chavantes.

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