Humanização é um importante componente para a cura

Trabalho do setor de humanização de um hospital faz a diferença para o bem-estar dos pacientes

Foto de Karolina Grabowska no Pexels

A humanização é um dos elementos que contribuem com a cura de um paciente. Vamos entender melhor isso? O ambiente de um hospital é, por si só, carregado. Não é para menos. Afinal, circulam tantas histórias felizes e dramáticas, que passam a toda hora pelas salas de espera, pelos corredores, consultórios e espaços para cirurgias.

Quem precisa ficar internado por muito tempo necessita que esse clima seja um pouco amenizado. Para isso, o trabalho do setor de humanização do hospital é fundamental, como acontece na Santa Casa de Chavantes.

A análise do perfil do futuro colaborador do hospital e das unidades que são administradas por intermédio de sua OSS (Organização Social de Saúde) já começa a ser feita no momento do processo de admissão.

“Todos os nossos colaboradores são contratados por intermédio de um processo seletivo com prova, avaliação curricular e entrevista. Na entrevista é possível avaliar se o pretendente ao cargo possui perfil para lidar com pessoas em situações de fragilidade”, afirma Anis Mitri, presidente da Santa Casa de Chavantes.

Além disso, lembra Mitri, nas unidades de internação são criadas as chamadas Comissões de Humanização, que são grupos de colaboradores voluntários que criam e debatem ideias para se criar um ambiente menos sofrido e mais acolhedor.

“Nas unidades ambulatoriais, como os CAPS, por exemplo, são criadas campanhas em datas especiais, com oficinas e distribuição de comidas e brindes para os usuários daquela unidade”, detalha o (cargo do porta-voz).

Importância do trabalho de humanização

Em uma unidade de saúde, seja qual for o tamanho, há setores de tratamento em que o trabalho de humanização é mais exigido. Tratam-se dos chamados “setores fechados”, como as UTIs, unidades intermediárias, unidades de choque e outras.

“São locais onde a convivência com a família fica restrita, pelo nível de criticidade e necessidade de cuidados que os pacientes necessitam”, explica.

Além disso, a Santa Casa de Chavantes, por meio de sua OSS, cuida do Hospital Estadual de Casa Branca, no Interior de São Paulo. Ele é de longa permanência, para pacientes que necessitam de cuidados especiais, mas não tem a possibilidade de serem cuidados em suas casas. Uma situação perfeita para o trabalho intensificado da humanização.

Dentro desse processo, é fundamental o papel de médicos, enfermeiras e demais profissionais da saúde. “É importante que todos se conscientizem e se mobilizem para que se crie um ambiente acolhedor para o paciente e seus familiares. Isso melhora exponencialmente a relação entre profissionais de saúde e pacientes, repercutindo diretamente no ambiente de trabalho”, ressalta.

Como é uma relação de mão dupla, a atuação de pacientes e familiares também é essencial para que o trabalho de humanização seja feito da melhor forma. “Também é preciso ser vigilante e não tolerar atos de desrespeito ou descaso por parte dos profissionais, mesmo em situações mais críticas”, completa.

Cada unidade gerida pela Santa Casa de Chavantes possui sua comissão de humanização, seu conselho e seu grupo de associados e irmandade. Todos sempre atuam melhorando a humanização por intermédio de iniciativas simples como leitura, música, oficinas e rodas de conversa.

Tradição

O trabalho de humanização e todos os cuidados destinados e empregados nesse processo compõem apenas um dos aspectos da tradição da Santa Casa de Chavantes.

A instituição, que foi fundada em 1923 e possui uma expertise de 15 anos na gestão de equipamentos de saúde, mostra grande êxito nas iniciativas abraçadas, tanto na cidade de Chavantes e na região do Departamento Regional de Saúde de Marília quanto em outras cidades do Estado de São Paulo. Mas muito é feito até chegar nesse estágio. E muitas situações são vivenciadas até que isso se estabeleça a cada nova jornada.

Muitos acreditam que para um hospital ou clínica funcionar bastam apenas os médicos e enfermagem. Esta é apenas uma parte – muito importante – da complexa engrenagem. O fato é que o número de profissões, equipes e infraestrutura envolvidas é muito maior do que se pode imaginar.

Dentro de uma unidade de saúde, existe a necessidade de contadores, advogados, faturistas, administradores e uma gama enorme de profissionais. Todos estão devidamente envolvidos nesse processo de humanização. Não importa o cargo, mas sim o conhecimento e o sentimento presentes, cada um em sua função.

A pandemia de Covid-19 também acabou colaborando nesse processo de humanização, afinal saúde e segurança do trabalho também fazem parte, de certa forma, de tudo isso. E a cultura desses dois itens fez com que a Santa Casa de Chavantes aumentasse em mais de 15 vezes o investimento nesse setor, com direito a treinamentos frequentes de boas práticas, higiene e uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

É bom lembrar que todo esse processo que resulta em competência vai além do capital humano. É vital que haja utilização de tecnologia, como sistemas, aplicativos e outros gadgets (dispositivos eletrônicos portáteis).

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