Uma equipe multiprofissional do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi” participou, na manhã desta quarta (9), de uma palestra sobre o Protocolo de Sepse – conjunto de procedimentos e diretrizes para a condução da doença, que está sendo implantado no HM de Americana e que vai trazer mais segurança aos pacientes da unidade.
A palestra “Sepse: Qual o real tamanho do problema?” foi ministrada pela Dra. Rebecca Saad, infectologista e fundadora da OH Consulting. Enfermeiros, técnicos, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais do HM participaram do evento.
A sepse, explica a Dra. Rebecca, é uma resposta desordenada do organismo a um foco infeccioso, que pode levar à alteração de vários órgãos e sistemas.
De acordo com a infectologista, a cada ano a sepse provoca a morte de 50 milhões de pessoas no mundo. As taxas globais de mortalidade variam de 15% (em países desenvolvidos) a 65% (países em desenvolvimento).
As causas para o elevado número de óbitos por sepse são: atraso na procura por atendimento, difícil acesso a sistemas de saúde, atraso no diagnóstico, condutas inadequadas e o desconhecimento da população. “Cerca de 86% das pessoas desconhecem o que é sepse”, alerta Rebecca, que lembrou que personalidades como Madonna, Stênio Garcia, Preta Gil e Herbert Vianna já tiveram a doença.
“O objetivo da palestra é sensibilizar os profissionais do HM da importância e do tamanho do problema que é a sepse. E com isso, fazer com que eles tenham um olhar mais cuidadoso para a abertura do protocolo e o prosseguimento do paciente”, declara a infectologista.
A palestrante ainda citou os impactos financeiros resultantes da doença. No Brasil, o custo médio intra-hospitalar por cada caso de sepse é de U$ 11 mil. Em outros países, esse custo por paciente varia entre U$ 25 mil e U$ 40 mil.
O diretor técnico do Hospital Municipal de Americana, Dr. Ricardo Quintela, salientou que a implantação do Protocolo de Sepse vai elevar a segurança dos pacientes e a qualidade do atendimento no HM. “Estou feliz por estarmos tirando esse protocolo do papel e colocando-o, de fato, em prática. Isso, sem dúvida, vai melhorar a qualidade da assistência aos pacientes”, afirma.
Ganho para sanitário para o HM
A implantação do Protocolo de Sepse vai aprimorar a qualidade e a segurança dos serviços oferecidos pelo HM, frisa a Dra. Rebecca.
“O principal ganho do Protocolo de Sepse é a possibilidade de oferecer uma assistência melhor ao paciente, guiado por um protocolo, e de reduzir a mortalidade da doença”, analisa.
“A sepse tem um índice de mortalidade muito alto, que pode chegar a 60%, principalmente em hospitais públicos de países em desenvolvimento. Então, a gente quer reduzir esse percentual de mortalidade e se aproximar de hospitais privados e de países desenvolvidos”, acrescenta a infectologista.
Texto: Marcelo Rocha / Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Chavantes (MTB 29.754)