O gesto nobre e solidário de um paciente doador de órgãos e sua família sensibilizou médicos, enfermeiros e colaboradores do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, de Americana (SP) – que desde fevereiro é gerido pela Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SCMC). 

Após o diagnóstico de morte encefálica, no domingo (17), os familiares do paciente autorizaram a captação de órgãos para transplante. O procedimento foi realizado na noite desta segunda-feira, no Centro Cirúrgico do HM.     

O doador de órgãos era um homem de 34 anos, vítima de um acidente que causou traumatismo cranioencefálico (TCE).  

De acordo com o Ministério da Saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem o maior programa público de transplante do mundo, no qual cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos, possibilitando que cada vez mais pessoas tenham uma vida melhor.

Os colaboradores da Santa Casa de Misericórdia (SCMC) participaram, nesta sexta (9), de um saboroso, colorido e animado almoço de Carnaval, realizado no refeitório do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, unidade que é administrada pela organização social via gestão compartilhada com a Prefeitura de Americana.

Foi um momento para ouvir clássicas marchinhas ecoando pelo refeitório do HM, que ficou devidamente decorado para o almoço festivo, e se divertir batendo fotos com máscaras, apetrechos de carnaval, moldura e placas com dizeres bem-humorados para registros nas redes sociais. E no cardápio teve medalhão de frango ao molho de laranja e sorvete de sobremesa.

O almoço especial de Carnaval é uma iniciativa organizada pela Comissão de Humanização da Chavantes/projeto Americana, conta a Dra. Marcella Pozetti, gerente médica da SCMC. “Em datas especiais como Carnaval, Páscoa e outros feriados, agora vamos organizar, sempre em parceria com a empresa que fornece refeições, almoços diferentes e interativos para os colaboradores”, explica.  

“Humanizar é uma ação contínua dentro das unidades administradas pela Santa Casa como um dos nossos pilares. As ações são amplas e diversas, entendemos que o envolvimento e a sensibilização dos colaboradores são essenciais no cuidado humanizado aos pacientes e, por isso, consideramos a importância em proporcionar momentos agradáveis aos colaboradores em seu horário de descanso, buscando alívio das pressões diárias do ambiente hospitalar”, acrescenta Izadora Blind, gerente administrativa da Santa Casa de Chavantes, projeto Americana. 

“Manter uma relação harmoniosa no ambiente de trabalho é algo imperativo, para que os profissionais se sintam sempre bem acolhidos. Esse almoço diferenciado em datas comemorativas é mais um exemplo do processo de humanização que buscamos, seja ele no cuidado ao paciente ou na rotina dos nossos colaboradores”, destaca o secretário de Saúde Danilo Carvalho Oliveira.

Além do HM, desde fevereiro de 2023 a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SCMC) também administra a Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) São José, em conjunto com a Secretaria de Saúde do município.

A Secretaria de Saúde de Americana revisou e reestruturou o fluxo para o atendimento dos casos de dengue, desde o manejo clínico até a coleta de exames para diagnóstico. A medida visa padronizar o atendimento aos técnicos e nortear a população pela busca dos serviços de acordo com os sintomas apresentados. A ação faz parte da campanha “Americana contra a dengue – Um mosquito não é mais forte que uma cidade inteira”.

De acordo com as novas diretrizes, as pessoas que apresentarem sintomas leves, como febre (aferida ou percebida), dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado e dor no fundo dos olhos devem procurar atendimento na unidade básica de saúde mais próxima da residência.

Os pacientes com sintomas persistentes, como dores intensas, febre alta, dificuldade em se alimentar e diarreia têm como recomendação buscar atendimento na UPA São José ou Pronto Atendimento do bairro Antônio Zanaga.

Para pessoas com doenças crônicas, idosos e crianças de até dois anos de idade, o caminho recomendado também é uma unidade de pronto atendimento, no caso de sintomas persistentes, pois fazem parte do grupo de risco por serem mais vulneráveis à evolução da doença.

Indivíduos com sinais de alarme, como dor abdominal, algum tipo de sangramento (nasal, mucosas, gengiva), perda de consciência, convulsão e vômitos persistentes devem ser levados ou procurar imediatamente o Hospital Municipal.

“Todos os profissionais de saúde devem contribuir, dentro das suas especialidades, no combate à dengue. É fundamental que as equipes estejam cientes da importância em se detectar precocemente os casos e evitar agravamento e mortes pela doença”, ressalta o secretário adjunto de Saúde, Fábio Joner.

O novo documento foi construído pela Vigilância Epidemiológica, com o apoio de outros setores da Secretaria de Saúde e da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, organização social que realiza a gestão compartilhada do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, da Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e da UPA São José com a Prefeitura de Americana.

As reuniões para a reelaboração ocorreram nos dias 6, 15 e 21 de fevereiro e contaram com técnicos da Unidade de Atenção Especializada em Urgência e Emergência, Unidade de Serviços de Saúde Básica e Preventiva, Vigilância Epidemiológica, Hospital Municipal, UPA São José e do Pronto Atendimento do bairro Antônio Zanaga.

Os trabalhos foram acompanhados pelo secretário adjunto de Saúde, Fábio Joner, pela superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), Lilian Franco de Godoi, e pelo diretor técnico do Hospital Municipal, Ricardo Quintela.

“O fluxo é fundamental para garantirmos eficiência no atendimento e promover uma resposta rápida diante dos casos graves, para evitar que o paciente vá a óbito. Por isso se faz tão necessária esta ação conjunta das áreas assistenciais, cujo objetivo é compartilhar informações e padronizar condutas”, completa a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito.

Na Santa Casa de Chavantes, por exemplo, notificações da doença aumentaram 238%

Assim como em diversas unidades de saúde localizadas por todo o país, a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes também enfrenta uma sobrecarga no atendimento por conta da explosão nos casos de dengue. O número de notificações da doença no hospital subiu 238% na comparação entre janeiro e fevereiro – de 13 para 44. A quantidade de internações também disparou: 250%, passando de duas para sete.

Simultaneamente a isso, a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes aderiu a metodologia de classificação de risco, que é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência, voltada para avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Diante deste cenário, a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes garantiu a classificação prévia de mais de 6.000 atendimentos realizados durante os meses de janeiro e fevereiro de 2024, número que representa 49,51% de toda a população de Chavantes atendida no local em apenas dois meses. A unidade de saúde também registrou grande aumento no número de casos de síndromes gripais.

Na atual metodologia de classificação, requisito para certificação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), que atesta a qualidade do atendimento hospitalar, os pacientes são avaliados de acordo com sinais e sintomas e, a partir disso, recebem identificação por cor de acordo com a gravidade e prioridade do caso. Confira abaixo:

Cor vermelha – Emergência (atendimento imediato)

Crises convulsivas, paradas cardiorrespiratórias, hemorragias sem controle, dor no peito com falta de ar, queimaduras graves, tentativa de suicídio, politraumas, TCE, coma ou alterações de consciência desconforto respiratório grave, perfuração em tórax, abdome ou cabeça, reações alérgicas graves e fraturas.

Cor laranja – Muito urgente (atendimento em até 10 minutos)

Dores muito severas, cefaleia de rápida progressão, arritmia sem sinais de instabilidade, pacientes acima de 80 anos, pacientes oncológicos, dor torácica intensa cólica renal.

Cor amarela – Pouco urgente (atendimento em até 60 minutos)

Histórico de convulsão, crise asmática, dores moderadas, diabéticos com sudorese, alteração estado mental, visão turva, vômito, febre, taquipneia ou taquicardia, alteração de sinais vitais em pacientes com histórico de melena, epistaxe ou hematêmese, epistaxe, sangramento vaginal com dor abdominal, sinais de desidratação grave, febre alta (39ºC — 40ºC), luxações, entorses com dor intensa, acidentes com animais peçonhentos e broncoespasmo.

Cor verde – Pouco urgente (atendimento em até 120 minutos)

Asma fora da crise, enxaqueca, dor de ouvido moderada a grave, dor abdominal sem alteração de sinais vitais, sangramento vaginal, sem dor abdominal, vômito e diarreia sem sinais de desidratação, abcessos lombalgia intensa, intercorrências ortopédicas e viroses.

Cor azul – Pouco urgente (atendimento em até 240 minutos)

Dor de dente, avaliação resultados de exames, gripe a vários dias, infecções de pele, verminoses, alergias leves sem dispneia, pedido de exames.

Enfrentamento

A situação crítica gerada pela explosão de casos de dengue e síndromes gripais evidencia a grande importância dos profissionais de saúde no enfrentamento dessa emergência. Os médicos, enfermeiros e demais membros da equipe de saúde da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes desempenham um papel fundamental na resposta a esse aumento expressivo de casos e pacientes.

Neste momento desafiador, esses profissionais estão na linha de frente, dedicando esforços incansáveis para oferecer diagnósticos precisos, tratamentos eficazes e cuidados compassivos aos pacientes afetados pela dengue e outras doenças.